Vargem já tem um caso de dengue e mutirão inicia no dia 27

Aedes aegypti é transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Foto: reprodução redes sociais

Com o período de chuvas, sol e as altas temperaturas, os casos de dengue já começaram a aparecer em todo o Estado de São Paulo. O problema já atinge as cidades da região e também Vargem Grande do Sul e deve manter os munícipes em alerta. De acordo com a Prefeitura Municipal, até sexta-feira, dia 17, um caso da doença havia sido registrado e outros sete foram descartados. Segundo o informado, o morador que testou positivo reside no Jardim Dolores.
A dengue é uma doença transmitida por mosquitos e que se desenvolve em condições quentes e úmidas, tornando-a mais prevalente durante padrões climáticos de altas temperaturas e chuvas. O ovo do mosquito Aedes aegypti consegue sobreviver por mais de um ano, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos, por essa razão é importante manter a higiene e evitar o acúmulo de água parada todos os dias.
Para tentar controlar a situação antes que o problema se transforme em uma epidemia, como aconteceu em 2024 quando a cidade registrou 3.275 casos da doença e um óbito, o Departamento de Saúde e Medicina preventiva através da Vigilância em Saúde já começou os trabalhos junto às equipes de Agentes de Saúde e Endemias através do controle de criadouros e busca ativa nas residências, também foi realizada a Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que mede o índice de larvas no município.
Além disso, a prefeitura realizará o Mutirão e Arrastão contra o mosquito Aedes Aegypti – mosquito que transmite dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. O mutirão acontecerá nos dias 27, 28, 29, 30, 31 de janeiro e 03, 04, 05, 06 e 07 de fevereiro, percorrendo todos os bairros do município conforme cronograma. O Departamento de Saúde pede aos moradores que deixem os materiais que possam acumular água nas calçadas de suas casas.
À Gazeta de Vargem Grande, a Prefeitura Municipal informou que o trabalho de combate à dengue é diário. “Todos os dias os agentes comunitários e de endemias realizam visitas e vistorias em imóveis residenciais e comerciais, mesmo na época em que a incidência de casos é menor, o trabalho continua. Neste momento, o chamado ‘período não sazonal’, são traçadas estratégias para conhecimento de prováveis locais onde possam ocorrer focos do mosquito e levantamento de dados entomológicos para a realização de ações que evitem a proliferação do vetor”, explicou.
Neste mês de janeiro, após o período de chuvas, os trabalhos estão sendo intensificados casa a casa, segundo o informado. “Será realizado um mutirão de limpeza que envolverá todos os bairros da cidade, com ações de recolhimento de materiais que sirvam de focos do mosquito e limpeza de áreas onde a população descarta resíduos de forma ilegal, acumulando material que possa servir de criadouros. Estamos realizando neste exato momento uma avaliação de densidade larvária no município para captação de índices que sirvam de parâmetros para a realização de mais ações em combate às arboviroses”, disse.
Mutirão
Sobre o mutirão, a prefeitura ressaltou que o material deve ser colocado somente um dia antes do caminhão passar, todos aqueles que não servem mais para uso e podem acumular água, como pneus, garrafas, móveis quebrados, entre outros. Não serão recolhidos restos de material de construção, folhagens e restos de poda de árvore.
No dia 27, o mutirão será no Jardim Santa Marta, Jardim São Cristóvão, Jardim Dolores e Parque Industrial. No dia 28, no Jardim São José, Jardim Dolores, Cohab III, Jardim Ferri, Jardim Lago I, Jardim Lago II e Jardim Cristina II.
No dia 29, o mutirão passará no Jardim Novo Mundo, Jardim Paulista, Cohab I, Jardim Cristina I e Jardim Canaã. No dia 30, no Jardim Primavera, Jardim Santo Élcio, Cohab IV, V, VI, Jardim Santo Expedito e Vila Esperança.
No dia 31, o mutirão de limpeza irá percorrer a Vila Santa Terezinha, a Chácara Vargem Grande, o Jardim Paraíso II e o Jardim Iracema.
No dia 3 de fevereiro, os bairros que terão mutirão são Vila Santana, Jardim América, Jardim Paraíso I e Nossa Senhora Aparecida. No dia 4, será na Vila Santana, Jardim São Luiz, Jardim São Joaquim, Jardim Itália e Jardim Plaza de Espanã.
No dia 5, o mutirão passará pelo Centro, Jardim Pacaembu, Jardim Morumbi e Jardim São Paulo I e II. No dia 6, será no Jardim São Lucas, Jardim Bela Vista, Vila Polar, Jardim Santa Luzia e Jardim Manacás. No dia 7, no Jardim Fortaleza, Jardim Redentor, Jardim Petúnia, Jardim Verona, Jardim Colina e Cohab II.

Sem vacina
Questionado a respeito da vacina contra a dengue, o Departamento de Saúde da Prefeitura Municipal informou que Vargem não foi contemplada pelo Governo Federal com a vacina contra a doença. “Estamos sem este importante mecanismo de controle para oferecer à população”, disse.

Casos de dengue em Vargem nos últimos anos

No Estado de São Paulo
Dados da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCI) do Estado de São Paulo mostram que, até quinta-feira, dia 16, último balanço divulgado, haviam 11.977 casos da doença confirmados no Estado de São Paulo.
Ainda na quinta-feira, o Estado registrou a primeira morte por dengue em 2025, segundo o Ministério da Saúde. O caso foi na cidade de Birigui, no interior de SP. Outras sete mortes no estado seguem sob análise.

Cuidados importantes
A prefeitura ressalta que é importante manter os terrenos sempre limpos, sem nenhum tipo de material que possa acumular água e servir de criadouro para o mosquito. Além disso, manter os terrenos limpos também colabora para a não aparição de escorpiões.
“Além da limpeza dos terrenos e descarte dos materiais inutilizáveis, é importante manter as lixeiras sempre fechadas e o lixo dentro de um saco plástico; cuidar dos vasos de plantas que possuem pratinhos, para que não acumulem água, por isso, é importante furá-los, para que a água escoa, ou enchê-los de areia; é importante também não deixar água da chuva parada sobre a laje; tampar tonéis, caixas d’água, ou qualquer vasilhame que contenha água; outro cuidado é lavar com frequência os potes de água dos animais de estimação”, alertou a prefeitura.
Segundo o informado, é importante a colaboração da população para eliminar todos os possíveis criadouros do mosquito para evitar a doença. “A dengue pode levar a quadros graves de saúde, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue e até a morte nos casos mais graves. Fique atento aos sintomas, como febre alta, dor de cabeça e manchas na pele, e busque atendimento médico ao perceber qualquer sinal. Proteja a sua família, todos no combate ao mosquito”, disse.

Sintomas
A dengue pode apresentar sintomas como febre alta repentina; dor de cabeça; dores musculares; dor nas articulações e atrás dos olhos; fraqueza; vermelhidão no corpo; e coceira.
A diferença para a dengue hemorrágica é que além dos sintomas da dengue clássica, pode haver também confusão mental, agitação ou insônia; perda de consciência; sangramento na boca, nas gengivas e nariz; boca seca e muita sede; dificuldade de respiração; fortes dores abdominais e vômitos intensos; pele pálida, fria e úmida; e pulso fraco.
De acordo com a prefeitura, sempre que o morador sentir os sinais clássicos dos sintomas, como febre, dor muscular, dor atrás dos olhos, manchas pela pele, desidratação, sensação de fraqueza e inapetência, ele deve procurar atendimento médico.

Governo lança plano de contingência
O Governo de São Paulo apresentou, na quarta-feira, dia 15, o Plano de Contingência das Arboviroses Urbanas 2025/2026, com as principais estratégias, ações e recomendações de combate à dengue, chikungunya e Zika, na presença da Defesa Civil, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems).
Com uma nova metodologia para acompanhamento dos casos e de resposta no atendimento aos pacientes, o plano foi apresentado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) na Sala de Situação sobre o tema.
O plano foi detalhado pela área de Vigilância Epidemiológica, que apontou, ainda, a prevalência do sorotipo 3 circulando desde o fim do ano passado, identificado pelas 71 unidades sentinelas que monitoram a circulação do vírus da dengue, do tipo 1 ao 4, em todo o território paulista.

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