Filme “Ainda Estou Aqui” revela a força da mulher brasileira

A luta de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado federal Rubens Paiva, foi retratada no filme ‘Ainda Estou Aqui’, ganhador do primeiro Oscar do Brasil. Foto:Eduardo Knapp/Folhapress

Neste sábado, dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher e a Gazeta de Vargem Grande fez uma edição comemorativa dedicada à mulher Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva, mais conhecida como Eunice Paiva, esposa do ex-deputado federal Rubens Paiva.
Através dela, o jornal quer demonstrar a força da mulher brasileira, que se revela nas mais difíceis situações, contribuindo para que a nação brasileira possa ter em quem se espelhar mesmo quando as trevas lhes tiram o que a vida tem de melhor, a vida harmoniosa de uma família.


Sua luta, sua resiliência e determinação em prol da sua família, quer seja enfrentando os responsáveis pela morte de seu marido ou priorizando a criação dos seus cinco filhos e ao mesmo tempo, pensar em si, se reinventar, dar a volta por cima, estudar e se tornar uma referência em Direito na defesa das causas indígenas no Brasil, é um exemplo para todas as mulheres.


Eunice Paiva participou de um momento conturbado que o Brasil viveu com a instalação da ditadura militar de 1964, onde ela conheceu os horrores da tortura, do encarceramento de cidadãos sem direito algum e de nunca os responsáveis pela morte de Rubens Paiva terem tido a dignidade de revelar onde seu corpo foi enterrado. Sua vida pode ser vista e ampliada através do belíssimo filme “Ainda Estou Aqui”, ganhador do primeiro Oscar brasileiro.


Independente das atuais questões políticas que o Brasil vive, o que sobressai na vida de Eunice Paiva é sua altivez, sua luta incansável, seu profundo amor materno, que a levou a colocar a sua família acima de tudo e não desistir jamais de seus sonhos.
O filme nos revela uma mulher inspiradora e heroica e homenageá-la é uma pequena reparação que fazemos a tantas injustiças que sofreu. Não só ela, mas tantas mulheres que foram atingidas pela opção dos que preferiram a ditadura ao invés de prevalecer a democracia no Brasil em 1964.
Para tanto, o jornal convidou algumas mulheres vargengrandenses para escreverem sobre a vida de Eunice Paiva, cujos textos estão publicados nas páginas desta edição. A todos que tornaram possível esta homenagem, nossos agradecimentos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui