Vereadores trocaram farpas e sessão precisou ser interrompida

Ratinho e Felipe protagonizaram uma discussão bem acalorada

Pedido de vista ao projeto que muda nomenclatura da GCM para Polícia Municipal foi aprovado e vereadores discutiram

Foi bem extensa e acalorada a última sessão ordinária da Câmara Municipal, que aconteceu na terça-feira, dia 18. Com mais de 4h de sessão e o plenário cheio, com a presença de diversos guardas civis municipais, os vereadores discutiram o projeto de alteração do nome da GCM para Polícia Municipal.
O projeto já havia sido aprovado em primeira votação e poderia ter sido votado em segunda votação já nesta sessão, porém foi adiado após um pedido de vistas ter sido aprovado na sessão. O pedido de vista foi assinado pelos vereadores Amarildo Guimarães de Figueiredo, o Ratinho Tendas (Pode), Antônio Sérgio da Silva, o Serginho da Farmácia (Cidadania), Fernando Donizete Ribeiro, o Fernando Corretor (Republicanos), Giovana Aparecida de Carvalho da Silva (MDB), João Batista Cassimiro, o Parafuso (PSD), João Carlos Dias Nunes, o Joãozinho da Força (Republicanos), Paulo César da Costa, o Paulinho da Prefeitura (Podemos), Rafael Coracini Mendes (MDB) e Vagner Gonçalves Loiola, o Bilu (Solidariedade).
Os vereadores pediram mais tempo para estudar o assunto, alegando que 14 cidades já fizeram a alteração, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou as decisões. Sendo assim, os vereadores decidiram adiar a votação e entender melhor o caso.
O assunto foi bem debatido pelos vereadores, sendo que alguns aproveitaram a ocasião para elogiar o trabalho realizado pela GCM e esclarecer que não são contrários ao projeto, querem apenas estudar um pouco melhor para que não tenha nenhum problema. Após os debates acalorados e alfinetadas entre os vereadores, o pedido de vistas foi aprovado por unanimidade pelos vereadores e o projeto deve ser colocado em votação na próxima sessão, que acontece no dia 1º de abril.

Debate entre os vereadores
Durante a discussão do pedido de vistas, o autor do projeto, o vereador Gustavo Henrique Bueno (PL), se mostrou contrário à ideia de aprovar um pedido de vistas e adiar a votação. Ele comentou sobre a importância de reconhecer o trabalho feito pela GCM e explicou que conversou com o prefeito Celso Ribeiro (Republicanos) e foi informado que não poderia modificar as atribuições da GCM, pois isso é prerrogativa da prefeitura, mas que não teria problema algum em modificar o nome para Polícia Municipal.
Gustavo ainda argumentou que, embora 14 cidades tenham feito a alteração e tiveram as decisões derrubadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, muitas outras não tiveram nenhum problema. Citou ainda quando a cidade mudou a nomenclatura, que era Guarda Municipal, para Guarda Civil Municipal.
Os vereadores Paulinho, Giovana, Bilú, Ratinho, Serginho, Rafael e Fernando elogiaram o trabalho da GCM e ressaltaram que o pedido é para terem apenas alguns dias para analisar a situação e entender melhor a lei.
As alfinetadas, então, começaram e Fernando disse a Gustavo que faltou diálogo, pontuando que o companheiro quis passar a carroça na frente dos bois e dar uma de espertinho. Fernando alegou que Gustavo deveria conversar com a GCM e com o prefeito antes de tomar atitudes.
Gustavo respondeu que dialoga sim com o prefeito Celso Ribeiro (Republicanos) e também com o ex-prefeito Amarildo Duzi Moraes (MDB), mas que não está na Casa de Leis para pedir benção a nenhum deles e, sim, cumprir com a sua função.
Ratinho se envolveu na discussão e perguntou como Gustavo foi orientado quando esteve no gabinete. Gustavo explicou que foi informado que a mudança das atribuições não cabia ao Legislativo, mas que não havia problema em mudar a nomenclatura.
O vereador Felipe Augusto Gadiani (PSD) elogiou Gustavo pelo projeto de lei e também pelas pontuações, afirmando que Gustavo está na Câmara Municipal para defender a população, não para defender prefeito algum. Ressaltou que Gustavo não tem que ficar dando explicação para ninguém, que tem que apresentar o projeto como foi feito e os demais vereadores que votem contra ou a favor. Felipe afirmou que está na Casa de Leis para defender a cidade e que ninguém o cala.
Ratinho respondeu com uma alfinetada bem pessoal, fugindo do assunto que estava sendo discutido. “O senhor não pode defender mesmo o prefeito porque você não tem a carteirinha da OAB”, disse Ratinho a Felipe.
Em resposta, Felipe Gadiani também alfinetou Ratinho. “Só que eu não faço o jogo do bicho!”, rebateu.
Os ânimos, então, se exaltaram e os dois vereadores passaram a se ofender calorosamente. O presidente Maicon do Carmo Canato (Republicanos) pediu para que os microfones dos vereadores fossem desligados e, após alguns instantes, a sessão também foi interrompida pelo presidente.
Após alguns momentos, a transmissão foi retomada com os vereadores controlados e o pedido de vista foi aprovado pelos vereadores.

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