Obras no Centro realizadas pelo SAE estão chegando ao fim

As obras no Centro podem terminar ainda neste mês de abril

Os transtornos que as obras encomendadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE) estão causando aos motoristas e transeuntes no Centro da cidade, podem terminar ainda neste mês de abril, segundo informou o órgão ao jornal Gazeta de Vargem Grande.
A ordem de serviços para que a empresa Cadre Engenharia Ltda, de Campinas, iniciasse a troca dos antigos encanamentos e tubulações do Centro da cidade, foi emitida em 27 de dezembro de 2023, com início das atividades 30 dias após essa data, conforme afirmou o SAE.
As perguntas foram respondidas pelo superintendente do SAE Celso Bruno, que afirmou que a obra está 85% concluída em relação ao lançamento das redes, ramais e transferências e que a previsão do término dos serviços que era esperado para o final do ano passado, devido a vários fatores, deve ocorrer no final deste mês.
“A previsão atual é para abril de 2025, devido a várias interferências ao longo da obra, como a presença de lajes de pedra, rompimento de redes de esgoto e a necessidade de ajustes em adutoras em função do lançamento subterrâneo”, explicou o superintendente.
Iniciada na administração do prefeito Amarildo Duzi Moraes (MDB), faz parte da modernização de toda a distribuição de abastecimento de água do município. A primeira troca de canos antigos aconteceu na Vila Santana atingindo 2.000 imóveis, cujas obras ficaram prontas em maio de 2023, sendo usados os métodos tradicionais de abertura de buracos no asfalto, causando muitos transtornos aos moradores na época.
Isso levou o prefeito na ocasião a contratar uma empresa que utilizasse métodos não destrutivos (MND) realizando as renovações das redes gerando o menor impacto possível, tanto em âmbito social quanto ambiental, no Centro da cidade.
A utilização desse método impacta na redução dos insumos utilizados na obra, como areia, cimento e asfalto e também na redução do transtorno aos moradores, sendo o grande diferencial destas obras a utilização de tubos de polietileno que são introduzidos por máquinas especiais que perfuram o subsolo horizontalmente, não necessitando a abertura de valas no asfalto para colocação dos tubos.
Indagado pelo jornal se o contrato da Cadre Engenharia Ltda foi para o mínimo de intervenção nas ruas, o que tem levado a empresa a fazer tantos buracos no asfalto do Centro da cidade, o superintendente do SAE respondeu: “O método “não destrutivo” refere-se a uma abordagem que busca causar o menor impacto possível, mas, como a própria pergunta sugere, há inevitáveis complicações em uma obra dessa magnitude. Quando falamos em “tantos buracos”, devemos considerar a dimensão e complexidade da obra em questão”, afirmou Celso Bruno.
De fato, a previsão é que sejam cadastrados 2.289 imóveis no Centro, que receberão os benefícios da troca das antigas tubulações de ferro, pelas novas adutoras que estão sendo implantadas, que vão de 160 mm a 250mm, redes de 50mm a 60mm e ramais de 1/2 polegada que irão substituir as antigas. Um trabalho de fôlego, que exigiu um grande investimento por parte do SAE, cujo dinheiro foi captado pela prefeitura municipal e repassado ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto.
O jornal também perguntou qual o montante de recurso que será investido no Centro para a realização da presente obra e a origem do dinheiro, sendo informado que o valor investido no Centro Expandido da cidade será de R$ 9.704.226,47, com recursos do FINISA.
Conforme matéria publicada pela Gazeta de Vargem Grande no ano passado, quando do início das obras, a Câmara Municipal na época aprovou um projeto de lei que autorizou o empréstimo de R$ 17 milhões na linha de Apoio Financeiro (FINISA) junto à Caixa Federal, para investimento junto ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE), com prazo de pagamento de 96 parcelas, com 24 meses de carência.
Com relação à questão das ruas que sofreram maiores intervenções, como as do Jd. Pacaembu, que ainda são de paralelepípedos, a reportagem indagou se elas seriam recapeadas, sendo informado que as ruas do Jardim Pacaembu, assim como outras que sofreram maiores intervenções, serão recapeadas em momentos oportunos, conforme o andamento das obras.

Obras na Vila Santa Terezinha e Polar
Ao assumir a prefeitura este ano, o prefeito Celso Ribeiro (Republicanos), está dando prosseguimento ao projeto de substituição das antigas redes de distribuição de água da cidade. A troca destas redes de água das vilas Santa Terezinha e Polar Expandida também já está acontecendo. As empresas que ganharam a licitação vão realizar as trocas e o valor do investimento, segundo o SAE, será de R$ 8.390.000,00, também via FINISA, conforme empréstimo acima descrito. A obra na Santa Terezinha teve início em 19 de março, e, em seguida, será iniciada a obra na Polar. O prazo total para conclusão das obras é de 18 meses.
Além de evitar a falta e melhorar a qualidade da água, outro importante fator será o combate à perda de água que acontecia com os velhos encanamentos. Segundo dados fornecidos pelo SAE e publicados no jornal em matéria que enfocou o assunto, a perda de água era em torno de 50% no município e atualmente é menor que 36%, sendo que uma perda de até 20% na rede é considerada como aceitável pelas empresas do setor.
“O objetivo é uma vez terminado a implantação das trocas das redes da Vila Santana, Centro Expandido, Vila Polar e Vila Santa Terezinha, a perda chegue a 20% nas redes, que é o índice da Sabesp praticado na nossa região”, informou o órgão na matéria publicada no ano passado.
Finalizando as respostas à Gazeta de Vargem Grande, a Prefeitura e o SAE pediram desculpas pelos transtornos causados pelas obras que estão sendo realizadas e ressaltaram a importância histórica e a complexidade do trabalho. “Este projeto visa garantir a infraestrutura necessária para as próximas gerações, considerando que os encanamentos que abastecem as nossas casas foram instalados há mais de 60 ou 70 anos”, concluíram.

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