O consumidor terá que se preparar para os gastos de dezembro. Com a adoção pelo governo federal da bandeira vermelha para as contas de energia elétrica e o reajuste proposto pela prefeitura para a tarifa de água, estas duas contas apresentarão aumento para o próximo mês.
A bandeira tarifária da conta de energia elétrica de dezembro, com consumo aferido em novembro deste ano, será vermelha em patamar 1. De acordo com o divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o custo da bandeira será de R$ 4,169 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Isso ocorrerá, segundo a Aneel, porque o mês de novembro normalmente se caracteriza pelo início do período úmido nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN), no entanto, as chuvas regulares nessas regiões estão abaixo do padrão histórico. A previsão para o mês também aponta para os reservatórios abaixo da média, o que influencia diretamente na capacidade de produção das hidrelétricas, elevando os custos. Segundo explicou a Aneel, esse cenário exige o acionamento das termelétricas, o que leva ao aumento do preço da energia.
Bandeiras
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel e sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias tem as cores verde, amarela ou vermelha nos patamares 1 e 2 e indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
O objetivo da Aneel na criação das bandeiras foi deixar com que a conta de luz ficasse mais transparente e o consumidor tivesse a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais eficiente, sem desperdícios.
Água
Além da bandeira vermelha patamar 1, o consumidor de vargem enfrentará ainda o reajuste da tarifa de água. Na última edição da Gazeta de Vargem Grande, o jornal tratou deste aumento, informando que a prefeitura publicou no Jornal Oficial do Município um decreto autorizando a elevação em 8% pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE) a partir de dezembro.
De acordo com o decreto, a medida foi tomada levando em consideração as variações nos preços de insumos e, por consequência, nos gastos da autarquia e a defasagem de 13,16% no valor cobrado do metro cúbico da água.
A prefeitura lembrou que vai pagar só em 2019, R$ 72.516,98 ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo para captar a água do Rio Verde. Destacou ainda que a inadimplência no SAE por parte dos consumidores gira em torno de 20% e informou que o último reajuste de tarifa foi em agosto de 2017, ou seja, há mais de dois anos.
As tarifas de água e esgoto terão como base de cálculo o consumo dos usuários, divididos nas categorias residencial e comercial, considerando a faixa de consumo de cada um.