Os consumidores de combustíveis de Vargem Grande do Sul sempre reclamaram dos preços praticados nos autos postos da cidade, questionando também uma possível falta de concorrência, uma vez que a maioria dos preços pouco difere entre um posto e outro, o que, segundo muitos proprietários de veículos, não acontece nas cidades vizinhas.
Com a chegada do Auto Posto Rede Maga, que está se instalando em Vargem Grande do Sul e inicia suas atividades no próximo sábado, dia 21, uma maior concorrência nos preços dos combustíveis na cidade pode vir a acontecer. A Rede está instalada no local do antigo Auto Posto Vargengrandense, à Rua Capitão Berlamino Rodrigues Peres, nº 644, no Centro.
À Gazeta de Vargem Grande, os proprietários informaram que o peço praticado será de R$ 2,59 para o etanol, R$ 3,99 para a gasolina comum, e R$3,44 para o diesel S-10.
Segundo apurou o jornal, o maior preço de gasolina comum praticado por um dos postos da cidade é de R$ 4,699, sendo que em outros estabelecimentos o preço varia até R$ 4,149. Já no etanol, a diferença é bem maior, com preços que chegam a R$ 3,299. Com relação ao diesel S-10, o maior preço cobrado na cidade é de R$ 3,899.
A reportagem da Gazeta procurou os proprietários de alguns postos para comentarem sobre a possível disputa nos preços dos combustíveis com a chegada do novo distribuidor. Até o fechamento desta edição, apenas um proprietário se manifestou, dizendo que respeita a concorrência leal, que trabalha há mais de 30 anos no comércio local, gerando impostos e emprego e que pretende aguardar como o mercado local vai reagir.
A Rede Maga tem como proprietários João Magalhães e seu filho, Felipe Magalhães. Originalmente de São José do Rio Pardo, hoje também atende em São João da Boa Vista, Guaxupé, Porto Ferreira, Mogi-Guaçu e Aguaí.
De acordo com os proprietários, a Rede Maga se instalou na cidade com o objetivo de expandir as atividades. “Foi feito um estudo e verificou-se que Vargem Grande do Sul precisa de um posto que conte com um bom atendimento aliado a preços justos. Estamos muito felizes com a recepção, o carinho que a cidade está recebendo essa unidade da Rede Maga”, disseram.
Postos são obrigados a divulgar preços
A divulgação de preços em postos de combustível de ser realizada a partir das definições do Código de Defesa do Consumidor, que veda práticas como a propaganda enganosa (como colocar valores diferentes na entrada e na bomba dos postos), vendas casadas, venda de produtos fora dos padrões de qualidade exigidos e várias outras.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), órgão que fiscaliza a venda de combustíveis, os painéis de preço devem sempre estar visíveis para os clientes na entrada do posto, com placas de qualidade, clara e visível à distância, com contraste entre a cor de fundo e a do texto, recomendando a utilização de material contra raios ultravioleta. Os preços devem estar visíveis o tempo todo.
Outra portaria da ANP determina que todos os valores de combustíveis nos letreiros e nas bombas deve sempre ir até a terceira casa decimal após a vírgula, já que vários itens que influenciam o preço final (como frete e impostos) não teriam representatividade utilizando-se apenas duas casas decimais.
Em algumas cidades, como o caso de São José do Rio Preto, lei municipal tornou obrigatório que o posto informe através de uma placa, qual produto gasolina ou etanol, de acordo com seu valor, é mais vantajoso economicamente para o consumidor. Para saber isso, a conta é simples: divida o preço do litro do etanol pelo preço do litro da gasolina. Se o resultado for menor que 0,7, vale mais a pena o etanol.
Para o consumidor, é preferível abastecer o veículo flex com etanol se o preço do álcool for pelo menos 30% menor que o da gasolina. Outra maneira de fazer o cálculo é multiplicar o preço da gasolina por 0,7. O resultado será o valor correspondente a 70% do preço. Se o total apurado da conta der algum valor acima de 0,7, é mais vantajoso abastecer com gasolina