Facebook remove contas falsas ligadas a políticos

Milhares de vargengrandenses que estavam acostumados a receber ou repassar através das redes sociais as famosas “notícias” encaminhadas pelo Watsapp enaltecendo o governo Bolsonaro, quando não atacando os membros do Supremo Tribunal Federal ou membros do Congresso Nacional, como o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Rodigo Maia (DEM), agora deverão ter bem menos assuntos nesta esfera política.
É que o Facebook removeu no dia 8 de julho, quartta-feira, 73 contas ligadas a integrantes do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e aliados. Segundo noticiou a Folha de São Paulo, parte delas promovia propagação de ódio e ataques políticos. Foram retiradas 35 contas do Facebook e 38 do Instagran.
Segundo o explicado pelo Facebook, estas contas manipulavam a plataforma antes e durante a gestão de Bolsonaro, inclusive com a criação de pessoas fictícias que se passavam por repórteres. Uma das contas com conteúdo de ofensas a adversários políticos ficava a cargo de Tércio Arnaud Tomaz, 31 anos, assessor especial da Presidência da República e que integra o chamado “gabinete do ódio”, grupo, segundo o jornal, tutelado pelo vereador licenciado Carlos Bolsonaro, filho do presidente e instalado no Palácio do Planalto, que é responsável pela parte estratégica digital bolsonarista.
As investigações levantadas pelos pesquisadores americanos contratados pela empresa encontraram ligações a pessoas associadas ao PSL (Partido Social Liberal) que elegeu Bolsonaro e a alguns dos funcionários nos gabinetes dos deputados Anderson Moraes, Alana Passos, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolonaro e Jair Bolsonaro.
Os conteúdos segundo o Facebook, incluíam política e eleições, memes, críticas à oposição política, organizações de mídia e jornalismo e mais recentemente sobre a pandemia do coronavírus. Apurou-se que o número de pessoas alcançadas pelos conteúdos dessa rede ultrapassava 2 milhões. Por utilizarem contas falsas como parte central de suas operações para se ocultar, violando a política do Facebook, foi que a empresa removeu as contas destas pessoas.
Muitos dos personagens que estavam por trás das contas falsas também são citados ou investigados na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News pelo Congresso Nacional. Também o Supremo Tribunal Federal investiga uma rede organizada para propagar ataques às instituições e disseminar fake news e alguns dos nomes removidos pelo Facebook podem ter ligações com esta rede organizada.

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