A Barragem Eduíno Sbardellini está sempre cheia de pessoas praticando caminhada, andando de bicicleta e, especialmente nos finais de semana, famílias levam crianças para brincar. No entanto, a questão dos carrapatos, principalmente por conta das capivaras, continua. A Gazeta recebeu queixas de frequentadores do local sobre infestação desses parasitas. Em um dos relatos, a moradora relata que esteve na barragem no domingo, dia 16, com sua mãe e o filho de um ano. “Depois de tanto tempo em casa por conta da pandemia, fomos dar uma volta e levar o menino para brincar um pouco”, disse.
Ela relatou que muitas pessoas estavam de máscara, mas também tinha muita gente sem. “Acho que se for pra praticar um esporte, correr, caminhar, quando você não vai ficar tão perto de outras pessoas, não tem tanto problema. Mas tinha grupos de jovens, pessoas passeando com seus cachorros, tudo sem máscara”, comentou.
Depois de dar uma volta na barragem, ela pontuou que levaram seu filho para os brinquedos e minutos depois foram embora. “Naquele mesmo dia, eu e minha mãe encontramos carrapatos na gente. Graças a Deus o meu filho não tinha nenhum, pois ele é bem alérgico”, falou.
Ela comentou que sabe que este é um problema frequente na barragem, mas acha que a prefeitura deveria fazer um combate mais intenso dos carrapatos. “Além disso, deveria haver mais placas alertando sobre isso, já que a barragem é um dos poucos espaços abertos na cidade que dá para levar as crianças para se divertir nessa pandemia”, completou.
Atenção
De acordo com o responsável pela Vigilância Sanitária, esta época do ano o número de carrapatos realmente aumenta em todos os locais de áreas abertas e gramados, devido às condições climáticas, desta forma é importante que os frequentadores da Represa Eduíno Sbardellini redobrem os cuidados. Sempre que frequentar áreas abertas de pastagem, gramado e mata o morador deve vistoriar o corpo para procurar por eventuais carrapatos e retirá-los sempre com cuidado.
O controle dos carrapatos requer a quebra do ciclo reprodutivo destes, porém eles necessitam de sangue para a reprodução por isso infectam qualquer animal de sangue quente inclusive o ser humano, onde se alimentam e voltam para a pastagem para completar o ciclo de vida, para auxiliar no controle é feita a roçada do gramado, deixando a grama o mais baixa possível para evitar servir de abrigo aos parasitas.
Quanto à área da represa Eduino Sbardelini, existem placas de alerta sobre a doença chamada Febre Maculosa, que é transmitida pelo carrapato quando infectado com uma bactéria chamada Rickettsia.
“No momento, já realizamos um trabalho de coleta de carrapatos e não encontramos nenhum infectado, mas devemos sempre ficar alerta, por isso iniciamos um trabalho de identificação, contagem e controle das capivaras da represa, que podem se infectar com essa bactéria e consequentemente infectar os carrapatos, esta pesquisa com as capivaras visa revelar se existe algum animal infectado em fase de transmissão da doença e propormos alternativas de manejo e tratamento. Solicitamos que os usuários da represa procurem não alimentar e não se aproximar das capivaras para evitar acidentes”, pediu a Vigilância Sanitária.