Vargengrandenses enfrentaram “A Besta do Leste”

Marina fotografou Padova coberta por neve. Foto: Arquivo Pessoal

No final de fevereiro, uma forte onda de frio polar atingiu a Europa, causou mortes e cobriu até praias do Mediterrâneo, como ilhas de Córsega e em Capri. A onda de frio foi batizada de “A Besta do Leste” por jornais ingleses, de “urso siberiano” pelos holandeses e de “canhão de neve” pelos suecos. O frio foi tão intenso, que registrou temperaturas glaciais de -29°C na Estônia e -24° em algumas partes da Alemanha. Vários países sofreram com transportes terrestres e aéreos. A Gazeta entrou em contato com vargengrandenses que estão na Europa e enfrentaram essa onda de frio polar.
De acordo com a matéria publicada no G1 na sexta-feira, dia 2, a onda de frio já havia deixado 59 mortos na Europa. As tempestades de neve interromperam meios de transportes na maior parte de Irlanda e obrigaram o Reino Unido a convocar o exército para ajudar a amenizar as consequências de um dos piores fenômenos climáticos vistos em quase 30 anos.
Durante a madrugada da sexta-feira as nevascas provocaram acúmulos de neve de até 90 cm na Escócia e na Irlanda. Além da onda de frio, o sul da Irlanda e do Reino Unido foi atingido também pela tempestade Emma. Segundo a publicação do G1, a tempestade paralisou toda a rede de transporte público na Irlanda, fechou os aeroportos do país e deixou as estradas extremamente perigosas. Mais de 100 mil empresas e residências ficaram sem energia no auge da tempestade.
No sul da Inglaterra vários passageiros passaram a noite presos em trens e o exército foi convocado para ajudar a resgatar centenas de motoristas presos na neve e também para transportar funcionários do Serviço Nacional de Saúde.

Itália e Inglaterra

Marina Vidale Stocco mora há 11 anos na província de Padova, na Itália. Em conversa com a Gazeta, ela relatou que nesse inverno nevou muito e ainda continua nevando em algumas cidades com altitude superior a 900 m do nível do mar. Marina disse que já se acostumou com o frio, e que no começo foi um pouco difícil. Ela ainda relatou que adora a neve e que foi uma pena não ter nevado muito onde mora.
Há quase dois anos, Aline Dian reside em Londres. Ela contou a Gazeta que o inverno esse ano realmente foi muito mais drástico do que em 2017. Na semana passada, Londres ficou coberta de neve, o que para ela era quase inimaginável, visto que a cidade não é um lugar em que se neva muito. Ela relatou que existem alguns dias em que se neva em Londres, mas que não chega a cobrir o chão e derrete quase que instantaneamente e neste ano, especialmente em fevereiro, pegou todo mundo de surpresa.
Aline ainda comentou que em alguns pontos do país os animais silvestres, como veados por exemplo, estavam correndo para as cidades a procura de abrigo e alimento. O transporte público de Londres que é considerado um dos melhores do mundo virou um caos, com atrasos e cancelamentos. Aline disse que nesta última semana esta bem melhor a temperatura, mais ainda muito frio.
Ela relatou também que a população que vive de pensão tem recebido uma ajuda do governo, que é chamada de The Cold Weather Payment, um incentivo para ajudá-los a pagar a conta de energia e gás devido ao do uso de aquecedores.

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