Pastor Egberto Gomes Setorial – Vice-Presidente ADI – Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Ipiranga
Enquanto o povo israelita vivia sujeito a uma cruel escravidão no Egito, o Rei deu ordens às parteiras hebreias, dizendo: “Quando vocês ajudarem as mulheres hebreias a dar à luz, façam o seguinte: se for menino, matem-no; se for menina, deixem-na viver”. Na vigência dessa lei, um homem, por nome de Anrão e uma mulher, por nome Joquebede, hebreus, da tribo de Levise casaram, e ela engravidou e deu à luz um filho.
A mãe vendo que o menino era formoso, escondeu-o por três meses, até que não era mais possível manter o menino escondido, quando ela, movida por um instinto protetivo, pegou um cesto feito de junco, vedou-o com betume e pôs nele o menino. Depois deixou o cesto entre os juncos à beira do rio Nilo. Estrategicamente, muito provavelmente por orientação da mãe, a irmã do menino ficou vigiando de longe, para ver o que aconteceria com ele. Foi quando a filha do Faraó desceu ao rio para tomar banho, acompanhada das suas servas, que ficaram passeando pela margem do rio e a princesa viu o cesto entre os juncos e mandou sua serva buscá-lo. Para sua surpresa, quando abriu o cesto, viu o menino que estava chorando. Ela teve compaixão dele e disse: “Deve ser um menino hebreu!” Então a irmã do menino aproximou-se e perguntou à filha do Faraó: “A senhora quer que eu vá e arranje uma ama hebreia para criar o bebê.” Não sabia a princesa que era a própria irmã do bebê quem falava com ela, e respondeu: “Sim, faça isso”. E a moça foi chamar Joquebede, a mãe do menino, que atendeu o chamado e a filha do faraó disse a ela: “Leve este menino e crie-o para mim. Pagarei pelo seu trabalho. Então Joquebede, a própria mãe, levou o menino e não apenas criou, como também educou o menino. Quando o menino cresceu, a mãe o levou à filha do Faraó, que o adotou. Assim, ele passou a ser o filho da filha do Faraó. Ela o chamou de Moisés, dizendo: “Porque eu o tirei das águas”.
Essa história está narrada na Bíblia Sagrada no livro de Êxodo capítulo 2, e sugere-nos a refletir sobre as atitudes dessas mulheres que, de sobra, servem de grandes exemplos de mães.
Joquebede, a mãe natural e a Princesa, a mãe adotiva.
Joquebede ensina muito quando por três meses escondeu o filho das ameaças do Faraó. Se mostra estrategista, protetora e corajosa. Não são poucas as vezes em que mães, verdadeiras guerreiras, se mostram estrategistas, e com coragem defendem, protegem seus filhos das ameaças dos “Faraós modernos” como, drogas, criminalidade, etc. que vem para destruir sonhos de muitas mães injetados nos seus filhos.
Joquebede ensina muito quando, não sendo mais possível manter o menino em casa, o coloca num cesto de junco betumado e o deixa entre os juncos na beira do rio. Sabia ela do perigo de deixar o infante à margem do Nilo, onde estaria exposto ao tempo e vulnerável aos insetos e animais predatórios. Porém, ainda mais perigoso seria mantê-lo escondido dentro de casa. Ao agir assim, Joquebede se mostra confiante nos cuidados e providências divinas. Sabia que o seu Deus não a desapontaria. Quantas vezes, mães são chamadas a fazer escolhas que envolvem seus filhos, entre alternativas, e delas, a menos ruim. Para tanto, essa mãe precisa confiar em Deus, nos seus cuidados, na sua providência, e apenas agir.
E o que dizer da mãe adotiva, a Princesa filha do Faraó, que sabendo do decreto ameaçador do Faraó, não teve medo, e ao ouvir o choro de uma criança, um bebê nos seus primeiros meses, mesmo sabendo que o menino era um hebreu, sentiu compaixão dele e agiu.
Agiu para salvá-lo das águas do rio Nilo, para providenciar uma ama para amamenta-lo, e o adotou como filho.
Agindo assim, essa mãe de coração, a Princesa, mostra que é possível mudar o destino de um ser humano indefeso e tão dependente.
Ensinou também, que o amor não faz as distinções que o ódio faz. Que um ambiente de ódio, maldade, abandono, pode ser transformado em um ambiente de amor, bondade, paz, aconchego e proteção.
A compaixão é um princípio ético, que a partir de profundos afetos, das entranhas, permite relacionar-nos com os outros. É se por no lugar do outro, é compreender o estado emocional alheio e fazer algo que possa superar ou minimizar aquele sofrimento.
Com essa reflexão, queremos parabenizar todas as queridas mamães pelo seu dia! Vocês são tudo isto e muito mais. Guerreiras, lutadoras, protetoras, estrategistas, amorosas, mulheres de fé e cumpridoras dos propósitos divinos.
Mãe de sangue ou Mãe de coração? Quer saber? Não importa. O que realmente importa é viver o propósito divino baseado no amor.