Vargem Grande do Sul ficou mais pobre com a perda de Sebastião de Abreu Ribeiro, o Tupã Brasil. Há bens que não se podem mensurar, quantificar, dar um valor, mas quanto representava para todos os vargengrandenses, um artista como o Tupã? E sua partida, o vazio que deixa naquilo que nos toca na alma, a música, como poderia ser dimensionada?
Certamente não com valores monetários, é um outro tipo de riqueza tão importante para a vida, que a torna mais leve de ser vivida, mais alegre, que enleva a nossa alma, o nosso espírito. Será que tem preço estar em um local, rodeado dos amigos, com o Tupã empunhando um violão e cantando “Alazão Querido” ou “Quebra Tudo”. Ou quando estas músicas estavam no auge e podíamos ouvi-las na Rádio Cultura, tendo na locução o não menos famoso Zé da Rádio.
O que dizer então do Hino de Vargem Grande do Sul, na sua voz, no seu jeito próprio de cantá-lo, fugindo um pouco das tradicionais melodias de hinos municipais e colocando lá sua veia sertaneja, até o jeitão meio de guarânia, com backing vocal no final, que o deixa tão peculiar e é sua marca registrada que irá ficar para sempre.
Sem dúvida que Tupã não chegou ao panteão dos consagrados artistas sertanejos brasileiros, mas para nós, na nossa pequena Vargem Grande do Sul, ele foi o maior e poderia ter sido bem mais cultuado ainda em vida, mas deixa sua marca indelével nos corações dos vargengrandenses, enriquecendo nossa música, nossa cultura, inspirando outros artistas.
Obrigado Tupã Brasil, por ter durante sua passagem pela “Pérola da Mantiqueira”, deixado-a mais alegre, mais receptiva, porque o importante na vida, não é só amealhar bens materiais, mas também bens intangíveis, como sua querida música.
Tem no YouTube o hino vatgengrandense?