Criar associação ou cooperativa foi tema de debate

Com o interesse despertado principalmente pelos pequenos produtores de batata do município em criar a sua associação, chamou a atenção também dos grandes produtores locais. Neste meio tempo, passam a participar das discussões Carlos Alberto de Oliveira Filho, o Betão, já falecido, Valter Gomes, João Emílio Roqueto, Paulo Zan, dentre outros, que irão dar novo rumo às discussões e projetos na criação da associação dos bataticultores.
Matéria publicada na edição do dia 15 de agosto da Gazeta de Vargem Grande, onde trata do início da safra de batata no município, onde cita: “Os caminhões começam a chegar carregados de batata no largo do Posto Avenida, na entrada da cidade, onde a maioria do produto é comercializado”. Os preços não estavam bons, desanimando os produtores.
Também trazia novas informações sobre o andamento da criação da associação, citando que os produtores poderiam criar a sua cooperativa ao invés de uma associação, decisão que seria tomada no domingo, dia 16 de agosto, durante reunião que aconteceria no Clube Vargengrandense. A comissão encarregada de fazer os estudos para elaborar o estatuto da futura entidade, teria chegado à conclusão que uma cooperativa iria beneficiar mais os agricultores vargengrandenses e todos poderiam participar. “Sem dúvida será um marco para a agricultura vargengrandense”, assinalou o jornal.

Criaram um departamento de batata
Na edição do dia 29 de agosto, o jornal estampa que “Nem Associação dos Bataticultores, tão pouco uma Cooperativa dos Produtores, mas sim um Departamento de Batata a fazer parte do Sindicato dos Produtores Rurais de Vargem Grande do Sul. Este foi o resultado a que chegaram os bataticultores, reunidos domingo passado no Clube Vargengrandense”.
A Gazeta de Vargem Grande cita que foi um resultado melancólico, mas que poderia evoluir se tivesse a efetiva participação dos membros do futuro departamento, que ficou composto pelos seguintes produtores: Hildeberto Franco de Oliveira, Carlos Alberto de Oliveira Filho, Valter Gomes, João Emilio Rocheto e Paulo Zan.
A direção do departamento ficou sob a responsabilidade de João Rocheto e Carlos Alberto (Betão). A ideia de se comprar em conjunto adubos e defensivos para baratear o custo dos produtores, ficou de ser executada por ambos.

Valeu todo o esforço
Para o diretor da Gazeta de Vargem Grande Tadeu Fernando Ligabue, que ajudou como secretário da ACI a unir os bataticultores e trabalhar o conceito de cooperação, coordenando os primeiros encontros dos produtores visando a criação da associação, o ano de 1987 foi crucial tanto para a criação da Associação dos Bataticultores, como também para a Cooperbatata, com a consequente criação da Câmara Fria e tantos outros projetos que hoje beneficiam sobremaneira os bataticultores de Vargem Grande do Sul e toda a região.


“Todo os sonhos do que poderia vir a acontecer foram desenhados naquele ano. A criação da associação que teria um papel mais político, no sentido de discutir as ideias, os conceitos de união dos produtores e as consequências desta união, estavam presentes”, comentou.


“Com a vinda das lideranças dos produtores maiores na época, principalmente de Carlos Alberto de Oliveira Filho, o Betão, já com a ideia dos benefícios da criação da associação bem sedimentada, a evolução para algo mais prático e que iria de fato impactar na vida econômica dos mesmos, como a compra de insumos e sementes e a construção da câmara fria, liderada por Hidelberto Franco de Oliveira, foi uma consequência lógica, tornando-se realidade com a criação da Cooperbatata”, falou Tadeu.

 

 

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