Ancestral Agricultor

Por Mario Poggio Jr
“O Senhor Cândido Aleixo Pereira teve destaque pelo seu empenho em cuidar da terra, a qual conservou apesar de sua valorização, após a libertação dos escravos, e legou seu amor pela natureza para seus descendentes.”
(Ementa de sua biografia, constante do Grandes Nomes da Terra Vargengrandense, da qual extraímos os dados)

Neste momento em que se homenageia os agricultores pelo seu dia, é gratificante saber que nosso trisavô, foi lavrador que valorizava a terra e sua produção.
No século XIX, até a abolição da escravatura, o escravo representava o maior investimento do proprietário (contabilmente chamado de imobilizado técnico), ao passo que a posse era o requisito exigido para caracterizar a propriedade da terra, que podia ser ocupada livremente, portanto um investimento de pequena monta.
Porém, com a assinatura da “Lei Áurea”, o escravo passou da condição de “investimento” para a de “trabalhador assalariado”, “meeiro”, etc…, ou simplesmente homem discriminado pela sociedade. Assim, a terra passou a ser valorizada e considerada como principal investimento.
Com a exploração do café houve também, uma maior utilização das terras, fatos que incentivaram a atuação de latifundiários, que, inclusive, dificultavam a atuação dos pequenos proprietários de terra.
Na época, quando a terra começava a dar pouca produção em face de falta de adubação, inclusive porque se praticava a queimada, era desmatado um novo pedaço de terra para continuidade da cultura.
Consequentemente, nota-se que a terra teve grande valorização, mas Cândido Aleixo Pereira que era proprietário de vários alqueires de terra situados no Município de Vargem Grande do Sul, nas proximidades do Rio Jaguary-Mirim, onde cultivava gêneros alimentícios, as manteve e as legou aos seus descendentes, juntamente com seu amor pela natureza.

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