Seis dos onze deputados mais votados em Vargem Grande do Sul foram contra o arquivamento da denúncia
Foi votado na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, dia 25, o arquivamento da segunda denúncia contra o Presidente Michel Temer (PMDB), que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça, que inclui os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria Geral.
Segundo o procurador Rodrigo Janot, os parlamentares do PMDB junto do presidente participaram de um suposto esquema de corrupção, que envolveu deputados do mesmo partido, pois o pressuposto esquema, tinha o objetivo de oferecer benefícios impróprios a órgãos da administração pública.
O procurador afirma ainda, que na acusação de obstrução de Justiça, Temer comprou o silêncio de Lúcio Bolonha Funaro, que é um dos delatores e possível operador do suposto esquema. A então suposta interferência do presidente, teria sido através dos empresários Joesley Batista e Ricardo Saud, responsáveis pela JBS, também suspeitos na acusação.
Com 251 votos a favor e 233 contra, foi aprovado o arquivamento, portanto, a análise das acusações pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foram rejeitadas. Com isso, Temer só será investigado no final de seu mandato, em 31 de dezembro de 2018. Para que não houvesse o arquivamento, seriam necessários 342 votos contra.
Dos 513 deputados federais, houveram 25 ausências e duas abstenções. Na votação da segunda denúncia, Temer teve menos votos a favor do arquivamento comparado à primeira, quando obteve 263 votos a favor e 227 contra. Na ocasião, o presidente estava sendo acusado de corrupção passiva nas delações premiadas dos empresários da JBS.
Deputados
Dos onze deputados mais votados em Vargem Grande do Sul, cinco votaram a favor do arquivamento da segunda denúncia, sendo eles: Celso Russomano (PRB); Marco Feliciano (PSC); Jorge Tadeu (DEM); Nelson Marquezelli (PTB) e Ricardo Izar (PSD). Seis dos deputados mais votados em Vargem foram contra o arquivamento: Jeferson Campos (PSD); Roberto Freire (PPS), suplente de Arnaldo Jardim, que é o atual secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo; Silvio Torres (PSDB) e Tiririca (PR).
As deputadas Keiko Ota (PSB), que recebeu dois votos em Vargem e Luiza Erundina (PSB), que recebeu 128 votos e apresentaram emendas recentemente a Vargem, também votaram contra o presidente. Baleia Rossi (PMDB) e Sinval Malheiros (PODE) que também tiveram atuação recente em Vargem, votaram pelo arquivamento da denúncia.
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